Temperos na janela: orgânicos, saudáveis e versáteis
21 de fevereiro de 2015Nosso infinito particular
28 de fevereiro de 2015Antes de decidir pelo Jornalismo, queria fazer Biologia Marinha (as reportagens sobre o fundo do mar me fascinavam). Pensando bem – e só agora me dou conta disto –, esse encanto pela natureza é um traço na minha vida acadêmica. Sou formada como técnica em Geologia na antiga ETFRN[1], em Natal, hoje IFRN[2].
No meu tempo de faculdade, não existia sequer discussão sobre Globalização, muito menos Meio Ambiente, Mudanças Climáticas ou coisas afins. E, por isso, atribuo meu interesse pela sustentabilidade aos programas Repórter Eco e Planeta Terra, que assistia na TV Cultura.
Se existia uma semente de interesse, ela encontrou um terreno fértil quando decidi estudar no Mestrado exatamente essa temática. Eu queria pesquisar sobre algo que mexesse comigo, que fosse apaixonante. E minha dificuldade como pesquisadora foi exatamente aprender a me distanciar e olhar meu objeto de estudo com imparcialidade, sem levantar bandeiras. Dei trabalho para minha orientadora Gisela Grangeiro da Silva Castro, pois ora sim, ora não lá estava eu militando em prol da causa no meu texto. O título da minha dissertação foi “Discurso da Sustentabilidade e da Responsabilidade Social na estratégia corporativa: comunicação em rede, consumo e cidadania”, que depois foi publicado pela Ed. Novas Edições Acadêmicas.
Pesquisei, dediquei-me e aprendi muito. Foram dois anos de um desafio instigante. E logo depois, lá estava eu sendo a professora titular da disciplina Meio Ambiente e Sustentabilidade para os alunos de Jornalismo da Universidade Nove de Julho (Uninove). Conduzia as aulas na tentativa de esclarecer sobre os impactos da globalização em vários aspectos da sociedade contemporânea inclusive no meio ambiente. Falávamos sobre mudanças climáticas, os conceitos de sustentabilidade, desenvolvimento sustentável, consumo consciente, estratégias publicitárias, greenwashing, lixo, dentre tantos outros assuntos que a disciplina, ou melhor, o tema promove.
E outras portas se abriram para eu lecionar exatamente sobre esse tema em cursos de pós-graduação. Atualmente, leciono a disciplina de Governança Corporativa e Responsabilidade Social no SENAC, na pós de Gestão da Comunicação Integrada.
Mas, por onde anda a minha mãe nessa história? Bem, já estou chegando lá. Enquanto eu aprecio, estudo, pesquiso, publico artigos e ponho em prática esse conhecimento em algumas instâncias da vida, minha mãe é meu exemplo, meu orgulho e minha representante de cidadã sustentável.
Penso que a necessidade faz as pessoas serem mais cautelosas com os recursos naturais. Quem viveu guerra ou seca sabe muito bem dar valor à água, aos alimentos, aos recursos que nos sustentam. Ao viver a falta, sabe-se valorizar cada gota d´água ou migalha de pão.
Pois bem, minha mãe recicla o lixo, faz compostagem, apara água da chuva para molhar as plantas ou mesmo lavar calçada (e faz isso sem ter crise hídrica em Natal/RN, faz isso por que tem consciência de que o desperdício é maléfico para o planeta). Ah! E tem mais! Adora plantas e conversa com elas, tem uma horta linda no quintal, mas seu maior orgulho é o canteiro que tem na frente de casa.
Minha mãe é uma cidadã consciente. Recicla, Reusa e Reduz, pois não gosta de qualquer tipo de desperdício, principalmente de alimentos. Ela sempre vai pensar nos recursos que podem faltar um dia, ou nos tantos que não têm nada. Ela é uma praticante perspicaz da sustentabilidade e consegue me inspirar cada vez mais.
#semdesperdício #cuidarparater #consumoconsciente
Cuidado diário com as plantas do canteiro. Que lindas! |
Canteiro em frente a casa da minha mãe em Natal/RN |