A CURA DO INVISÍVEL

Sabe quando a vida está fluindo bem, com cada coisa em seu lugar e por algum motivo, do nada, uma chave vira e tudo vai perdendo o sentido e ficando sem cor? O trabalho te irrita, os encontros com amigos perdem a graça, os relacionamentos mais íntimos ficam praticamente impossíveis tamanha sua, horas apatia, horas irritabilidade?

Já aconteceu com você?

Pois recentemente aconteceu comigo. E foi exatamente do jeito que descrevi acima, de forma gradual e contínua. Eu sentia minha bateria acabando e por mais que eu procurasse, não havia carregador compatível para dar uma carguinha que fosse na minha alma.

Eu me perguntava o motivo, conversava com Deus, fazia meus questionamentos, tentava meditar, escrever, ver vídeos, coaches, olhar para dentro, cara uma infinidade de coisas. Mas quanto mais eu me questionava, mais eu me perdia. Que insano… me sentia com os pés afundados na areia movediça e quanto mais eu tentava sair, mais eu afundava.

Até um momento que eu simplesmente dei um basta, juro, era isso ou me entregar de vez. Eu estava exausta física, mental e emocionalmente. E tive uma conversa muito séria comigo (se não rola essa troca de ideia com você mesmo, tente! É muito produtivo). E decretei: VOCÊ NÃO PRECISA TER AS RESPOSTAS PARA TUDO. APENAS ENTREGUE, CONFIE E VIVA. OS SINAIS CHEGARÃO NA HORA CERTA.

E foi a partir daí que comecei a cura do invisível. Invisível justamente porque eu não fazia ideia do que estava me drenando e me deixando tão infeliz, invisível porque nada, absolutamente nada se encaixava no que eu estava sentindo, tanto que não consigo nem adjetivar direito.

Então, o que eu fiz, foi parar de me consumir tentando entender a vida e resolvi apenas vivê-la, um momento de cada vez, fazendo o que dava. Eu não conseguia acordar cedo? Não tinha problema nenhum, bora organizar o dia independente da hora, sem cobranças, sem julgamentos, sem me culpar.

Sentei na frente do computador e não consegui digitar nenhuma linha, mas dava pra cozinhar uma comidinha gostosa e saudável? Então o dia tinha valido a pena.

E desde então tem sido assim, passo a passo, hora após hora, dia após dia. Essa foi a forma que encontrei de colocar a vida no lugar.

O meu invisível ainda não tem um rosto, mas andamos flertando entre uma sombra e outra. Já consigo entender alguns de seus aspectos de forma sutil, mas esse nem é mais o meu foco.

Eu parei de ansiar e tenho exercitado diariamente a entrega. Quando o coração começa a acelerar e o cabeção a pirar eu respiro, respiro, respiro mais uma vez e levo meu foco para o mantra VOCÊ NÃO PRECISA TER AS RESPOSTAS PARA TUDO. APENAS ENTREGUE, CONFIE E VIVA. OS SINAIS CHEGARÃO NA HORA CERTA.

E o Universo tem me enviado todos os sinais de acordo com a minha capacidade de absorção e transmutação. E eu estou feliz e já tem muita cor de novo. E quando não tem, dou um jeito de colorir. Como? Através da gratidão, agradeço todos os dias por algo. Afinal, eu sou sim um ser humano privilegiado. E a vida é muito boa, ooooohhhh se é.

E sabe por que que eu estou partilhando isso? Para te dizer que eu sei que às vezes está escuro, frio e assustador e que por mais que você procure a saída, está impossível enxergá-la. Mas acredite em mim, ela existe sim, tenha certeza disso. Você não precisa ver lá na frente, à metros de distância, para começar a sair do lugar, só precisa dar o primeiro passo, ou meio passo ou comece colocando apenas a mão na parede para sentir segurança.

Vá aos poucos, no seu ritmo, só não fique parado!

Curar o invisível é acreditar que dias melhores virão e fazer a sua parte, enquanto Deus faz a parte dele. Agindo juntos é só sucesso, alegria e felicidade!

E aproveitando a deixa, esse texto não é sobre o coronavírus, mas se você reparar bem, poderia ser!

Na cura do invisível faça seu papel! Hoje e sempre! E confie! E tenha fé!

Aho

Namastê

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