Eu não quero correr, ok?
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26 de agosto de 2015
A gente está acostumado a ouvir que ninguém é uma ilha. Mas e quando ser uma ilha parece ideal para ancorar um coração cansado? Mas será que o coração realmente cansa? Ué, não pode a flor ter o direito de morrer quando não recebe água e sol? Será que somos tão diferentes?
Vocês entendem como funciona o coração? É assim: se não correspondemos os sentimentos que nele habitam, cedo ou tarde, acabarão. E mesmo que bombeie sangue, uma hora ou outra, ficará mais fraco, até que o amor, tal como esse sangue correndo nas veias, se tornará algo automático, e não exclusivo para salvar o corpo ou fazer a alma se apaixonar pela mesma pessoa todo dia. Não é esse o desafio para garantir a beleza e a segurança dos relacionamentos?
Percebem semelhanças com o que estamos vivendo? Às vezes, ou quase sempre, estamos robotizados, no automático do que sentimos. E, quando não é pior, estamos sendo tratados como mais uma opção na prateleira da vida. Não podemos permitir isso, ok? Não podemos ser ineficientes na área do amor! Não podemos desperdiçar nosso tempo!
Que as pessoas não são obrigadas a ficar conosco, isso é fato, assim como não temos o direito de feri-las, a não ser que tenhamos o dom de consertar os corações que pisamos, afinal, somos todos frágeis e passíveis de falhas, até mesmo quando achamos que somos apenas as vítimas.
Pode ser que, nessa vida, seja impossível não ferir ou vice versa. Porém, o que não podemos alimentar é o desespero, porque é essa pressa de ter a outra metade da laranja, a tampa da panela, o pé de chinelo faltante, entre outros tantos ditados covardes, que tem feito os relacionamentos, nascidos de atitudes precipitadas, falirem tão rapidamente quanto seu início. Poucas coisas são tão trágicas! Por isso, pare para pensar nas suas ações, pois poderá colher muitas mágoas que, pouco a pouco, podem consumir seu potencial de encontrar a paz interior. Precisamos de algo mais em dias de tantas guerras e trocas de sentimentos prematuros?
Ser amado é muito bom, mas melhor ainda é cultivar o amor-próprio. Ter uma companhia para dividir lágrimas e sorrisos, ainda mais nos dias de hoje, é algo realmente especial, porém mais especial ainda é dar liberdade a essa companhia, para que ela tenha motivos para voltar sem sentir-se pressionada ou chantageada.
Será que você não tem feito isso? Ter um coração sensível é, atualmente, uma dádiva, mas fazê-lo de ferro, em alguns momentos, pode significar sabedoria e não egoísmo, justamente porque precisamos, urgentemente, respirar fundo, abrir portas, janelas e deixar ir; ir o que não se encaixa mais, ainda que você tenha que se permitir experimentar o novo, pois o que a gente não pode mesmo, é ignorar o que Frida diz: “onde não puderes amar, não te demores“.
E você, vai demorar quanto?