Não caia na reclamação
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5 de novembro de 2019Quantas vezes você sentiu vontade de fazer algo na sua vida, mas por medo do que os outros iriam pensar, desistiu da ideia? Quantas vezes tomou alguma decisão importante de acordo com aquilo que era socialmente aceitável e não com o que você realmente desejava? Fala para mim, você deixa a opinião dos outros influenciar suas decisões?
Tenho certeza de que pelo menos uma vez na vida isso já aconteceu com você!
Na verdade acontece com todos nós, e infelizmente, muito mais vezes do que gostaríamos ou deveríamos permitir.
Mas por que raios nos preocupamos tanto com a opinião alheia e com o julgamento social? Por que permitimos que o outro determine como devemos viver nossa própria vida?
Eu estou aqui passando por mais uma situação que está trazendo à tona todas essas questões. Contando resumidamente: eu tenho cabelos cacheados e há quase 15 anos faço progressiva para alisar os fios, ano passado resolvi que não faria mais essas intervenções químicas, que deixaria meu cabelo natural – por uma série de motivos que podem virar um outro artigo – e encarei a transição capilar. Em setembro de 2018 fiz o famoso big chop e tirei quase toda a química do cabelo. Mas depois de um tempo, não aguentei e voltei a alisar! E o fato é que agora resolvi encarar novamente a transição e estou me trabalhando diariamente para me fortalecer e seguir até o final.
Eis que nas minhas pesquisas de como encarar essa fase inicial do processo, que costuma ser a mais complicada, vi que algumas meninas fazem a box braids, que nada mais é que tranças no cabelo todo mesclando o fio natural com fibra sintética. Eu que sempre achei linda e estilosa pensei: taí, vou fazer, já que além de proteger meus fios, vai me ajudar a lidar com as duas texturas capilares do começo da transição.
O fato é que estou há um mês pensativa, indecisa e insegura, me questionando se faço ou não e é aí onde quero chegar. Se eu sempre achei o estilo bonito e se vai me trazer benefícios, por que eu ainda não fiz?
O medo de encarar o julgamento alheio
Pelo simples fato de estar com medo do julgamento alheio! Vários pensamentos ficam reverberando na minha cabeça: “O que as pessoas vão falar?”, “Todo mundo que me conhece vai criticar”, “Nenhum cara vai me achar bonita assim”, “não vou me reconhecer” e por aí vai.
E isso tudo acontece porque a carga de insegurança e a necessidade de validação externa estão falando mais alto do que a minha verdade e natureza. Natureza essa que sempre foi aventureira, do experimentar, do viver independente do que qualquer pessoa pense. Me desalinhei tanto da minha essência que decisões que já foram tão corriqueiras na minha vida, hoje resultam em um longo e, muitas vezes, doloroso processo de autoconhecimento e aceitação. Claro que só o fato desses questionamentos existirem já significa que estou no caminho certo e agradeço por cada situação que o Universo tem me colocado.
O que quero trazer com esse texto é a importância de olhar com calma e com carinho toda vez que a vida lhe apresenta situações que te coloque em xeque e que você sinta toda essa dualidade aí dentro da sua alma. Toda vez que você deixar de fazer qualquer coisa que queira pelo medo do julgamento pare para refletir de onde vem esse sentimento. Em que lugar você se coloca para deixar com que outras pessoas ditem como deve ser escrita sua própria história.
Quem é você no meio disso: a carente, a vítima, a irresponsável? Sua autoestima está baixa, você procrastina por medo de falhar?
Ouça seu coração para tomar uma decisão
Se sentir no seu coração, investigue cada sinalzinho de não-conformidade com a sua verdade. Todas essas situações chegam até nós como ferramentas de autoanálise.
É o que estou fazendo há quase um mês e nesse exato momento. Por isso, não tenha pressa, respeite seu tempo e seu processo.
Se farei minhas box braids e se chegarei ao fim da minha segunda tentativa de transição só saberemos em breve. Venho aqui contar para você ou se desejar pode me acompanhar no instagram @carolinazambelo, onde divido um pouco mais do que acontece aqui dentro dessa alma em constante evolução.
Que sejamos cada dia mais donos da nossa própria história.Escrevendo e reescrevendo cada capítulo de acordo com nossa verdade.
Gostaria também de indicar esse TED da Brené Brown em que ela fala sobre vergonha e vulnerabilidade. Depois me conta o que achou!
Namastê.
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