Fazendo da felicidade um hábito
6 de junho de 2018Dia Nacional da Felicidade na Inglaterra
8 de agosto de 2018Depois que comecei o blog Felicidade Sustentável, parece que a felicidade resolveu inundar a minha vida. Que coisa boa, não é mesmo?! Mas, deixa eu explicar melhor …para onde olho me deparo com o tema Felicidade…são livros, projetos independentes, comunidades no Facebook, contas no Instagram, famosos como é o caso da Bruna Lombardi que está lançando o portal Rede Felicidade, ou seja, parece que o mundo vive intensamente essa busca pela tão sonhada felicidade.
Bem, em uma análise simplória, a impressão que eu tenho é que há muita gente infeliz no mundo, e por esse motivo o tema se torna tão relevante. Apesar de a felicidade ser uma busca essencial desde os filósofos gregos, ela foi sendo mal interpretada e de seu princípio de bem estar, contentamento, contemplação e alegria de viver foi transformada em objeto de desejo ou em mercadoria em nossa sociedade, é só observarmos as campanhas publicitárias.
Mas qual será a chave da felicidade?
Uma pesquisa realizada há 70 anos, pelo The Harvard Study of Adult Development (O Estudo de Harvard sobre o Desenvolvimento do Adulto) acompanhou a vida de 724 homens, do fim da adolescência até a idade avançada e revelou informações importantes sobre os caminhos que levam a felicidade, a qualidade de vida e a saúde.
Vamos ver o que ela nos revela?
“Que as lições não são sobre riqueza, nem fama, nem trabalhar cada vez mais”, disse o atual diretor da pesquisa, Robert Waldinger. Parece que essa teoria ou ideologia tão disseminada nas décadas de 80 e 90 caiu por terra.
O ponto alto deste estudo revela que vive melhor, com mais saúde física e mental, com mais longevidade e felicidade, às pessoas que cultivam RELAÇÕES SOCIAIS AFETIVAS com a família, amigos e a comunidade.
Nossas relações, nossas conexões, nossa capacidade de amar, de abraçar, de cultivar os bons momentos, de viver em companhia, de perdoar, de confiar no outro, de viver em comunidade, traz sentido, e o melhor, traz um sentimento de proteção e satisfação capaz de tornar nossa existência mais saudável e feliz, principalmente, com as dificuldades ao envelhecer.
“As boas relações, além de proteger nosso corpo, protegem o nosso cérebro”, conclui Robert.
Não há uma receita rápida, segundo o estudo, pelo simples fato de que essas construções afetivas levam tempo e dão trabalho. Lidar com o outro não é nada fácil, mas por outro lado, pode ser muito prazeroso. Tudo vai depender da nossa disposição, de colocar nossa energia e tempo no que realmente é importante para nós!
As formas são infinitas como diz o estudo, pois é possível CULTIVAR E CATIVAR o outro com ações bem simples como dar mais atenção aos familiares e amigos, animar uma relação com criatividade e leveza, buscar o contato com a natureza e divertir-se mais com tudo o que temos a nossa disposição.
“A vida é muito curta para ser apequenada”, como diz Mário Sérgio Cortella,
Ou como escreveu MarK Twain – “Não há tempo, tão breve é a vida para discussões, desculpas, amarguras, prestação de contas. Só há tempo para amar, e mesmo para isso, é só um instante”.
Ou seja, viva a VIDA com toda sua complexidade, singularidade, amorosidade, afetividade! Uma vida boa constrói-se com boas relações!
Assista a entrevista TDEx com Robert Waldinger
Abraço Fraterno! Namastê
Chirles de Oliveira
- imagem central by banco de imagem Pixabay