Cidades Abertas, cidadãos felizes
7 de abril de 2016A contabilidade da Felicidade: bem-estar, satisfação no trabalho, desenvolvimento sustentável
13 de abril de 2016Toda separação dói. Lágrimas invadem os sorrisos. Soluços se formam no lugar dos pensamentos positivos e os dias de maior claridão tornam-se pura escuridão quando o coração está machucado, magoado, tentando se colar novamente.
Quem nunca teve essa sensação? Parece que é uma dor que nunca vai passar, que arde o fundo da alma, que rasga os tecidos internos, que nos faz, por algum momento, achar que perdemos o amor da nossa vida.
Ah, que tolos somos, né? As pessoas não nos pertencem, logo não as perdemos, porque ninguém perde o que não tem. Você concorda?
Por isso, mantenha a calma quando ele ou ela for embora. Não se trata de pessimismo, mas de realidades que acontecem todo dia. As pessoas nos foram emprestadas. Sendo assim, podem ir quando quiserem, mas se voltarem você não é obrigado a aceitá-las. Afinal, tudo que foi, quando volta – se volta -, nunca é da mesma forma.
Todo rompimento deve ser visto como um aprendizado, porque ninguém está imune a ser deixado ou deixar. Ninguém pode escapar das lágrimas quando algo termina. O sofrimento mostra que, interiormente, somos todos iguais: frágeis e necessitados de atenção. No entanto, sempre é possível lutar para não se entregar a dor, compreendendo que a vida é feita de escolhas, ou choramos para sempre, ou refletirmos sobre o que diz o Padre Fábio de Melo: se não posso mudar o outro, mudo então a maneira como o enxergo.
Quando ouvimos um não de quem amamos, parece que o mundo desaba na cabeça, e realmente desconfio de que parte dele desmorone, porém não é o fim. Às vezes é mais importante se retirar da cena do que forçar a interpretação e tornar o que era belo em algo horrível. Isto é, ir embora faz parte. Mas é o seu coração quem decide, correto?
É certo que as lembranças dos momentos vividos ficarão em nós, grudados no coração como se fosse impossível arrancá-los, e realmente é. Desta forma, podemos olhar para as memórias e sentir gratidão, pois aquela (e) que esteve ao nosso lado – no famoso eterno enquanto dure -, nos fez muito feliz em momentos que queríamos chorar. E isso é muito bonito de ser lembrado, já que tudo passa.
Não aprendemos a perder, e quase ninguém é preparado para receber ou dizer adeus. Porém, se é preciso partir, que haja dignidade no falar, sem desculpas, sem ilusões, sem doses de covardia. Mostre a ferida, não a maquie. Faça sua vontade, mas não pise no coração de quem te ama, porque quem é deixado se agarra ao tempo, e quem deixa vai mais livre.
Não se pode ficar com alguém por dó. Poucas coisas são tão desumanas! Mas romper um relacionamento pode ser tão necessário e saudável quanto sentar, conversar e traçar metas para fazê-lo durar. Mas vale sempre lembrar que o amor faz bem e está nas pessoas que caminham olhando para o mesmo lugar, quando isso não mais acontece, talvez seja hora de ir. Ir ser feliz com seu amor-próprio e não com migalhas alheias.
*Foto principal do banco de imagem Pixabay