Não seja herói. Seja humano!
19 de fevereiro de 2016Menos lixo e mais cuidado com o que você come!
22 de fevereiro de 2016É uma linda manhã. Você acorda, vai ao banheiro e entra no banho. Usa shampoo, condicionador, sabonete. Se enxuga e passa o desodorante. Ah, e escova os dentes, porque bafo amanhecido ninguém merece. Sendo homem, faz a barba – usa espuma e loção pós-barba, dando aquele trato. Se der um tempinho, põe um pouco de talco no pé para amenizar o “chulézinho” básico de cada dia. Arruma o cabelo – os mais vaidosos usam um pouco de gel ou mousse para deixar o penteado estiloso. Para finalizar: uma borrifada de perfume e pronto para a rua.
Muitos…
Em um período de 15 a 20 minutos, dez cosméticos foram usados. Agora… se a descrição fosse de uma mulher, esse número de produtos poderia facilmente triplicar. Seriam inclusos na lista: hidratante corporal, máscara capilar, creme para pentear, tônico, esfoliante, hidratante facial, hidratante labial, primer para o rosto, primer para olhos, base, corretivo, pó compacto, blush, iluminador, lápis labial, batom, lápis para olhos, delineador, primer para sombra, sombra (muitas!), rímel e ufa… a lista pode não ter fim.
É claro, sei bem que as mulheres têm necessidades diferentes. E não questiono esse fato. Mas, as perguntas que vêm me tomando o pensamento há algum tempo são: será que precisamos mesmo usar essa avalanche de cosméticos? Para onde estamos indo com essa prática?
Tão poucos…
Minha mãe sempre me conta que quando ela era criança (isso na década de 50/60), todo mundo lavava o cabelo com sabonete. E só. Claro, ficava aquela coisa eriçada, com vida própria, porque o sabonete era ruim. Mas era o que se podia comprar e tinham poucas marcas disponíveis no mercado. Era sabonete, ou se usava o sabão feito em casa, reaproveitando o óleo de cozinha – que é ótimo, mas definitivamente não é a coisa mais cheirosa do mundo para um banho.
Foi só em 1974, quando minha mãe já era moça, que surgiu o famosíssimo Neutrox! Lembram dele? Bom, eu usei… Na época era o único condicionador do mercado. Batom? Minha mãe tinha apenas um brilho, que também era usado como blush e dividido (claro, à contragosto) com as irmãs. Ela diz que aquela época não era fácil. Mas, ao mesmo tempo, ela não se sente confortável e fica perdida com a infinidade de opções que temos atualmente.
Muitos cosméticos e tão pouca felicidade…
Em um período de 30 a 35 anos partimos de poucos cosméticos para “trocentos”. E na maioria das vezes caríssimos. Gastamos fortunas com produtos, que, na maior parte das vezes, nos confundem com fórmulas esquisitas e não cumprem o que prometem. Investimos em cosméticos sem nos darmos conta de sua real necessidade. Não percebemos que, em longo prazo, eles podem prejudicar – tanto a saúde e o bem estar quanto o bolso. E no final, acabamos frustrados por não encontrar uma solução.
Em meio ao caos do mundo moderno, palavras como: “simples”, “sustentável” e “equilibrado” parecem fazer cada vez mais sentido e convergem para um ideal comum. Essas tendências têm ganhado muitos adeptos e podem ser encontradas na alimentação, no vestuário, na organização, etc. E porque não nos cosméticos também?
Veja bem, o que estou questionando não é o ato de cuidar de si mesmo (e muito menos o boicote ao banho – para a decepção de alguns rs), mas sim o consumo exagerado. E toda a indústria que o sustenta.
Não estou dizendo que todos os produtos industrializados fazem mal (nada de radicalismo aqui, por favor!), mas sim que precisamos ter mais conhecimento (científico inclusive) sobre o que usamos diariamente, para fazermos melhores escolhas. E que sim, é necessário pensar sobre o que é mais saudável – para nós e para o planeta.
Um vídeo para entender e pensar mais a respeito:
Obs: Essa foi a minha estreia aqui no Felicidade Sustentável! Foi uma honra ser convidada a participar deste projeto bacana, coordenado por uma pessoa mais bacana ainda!
Gostou desse tema? Tem sugestões? Críticas? Dúvidas? Me escreva!