Algumas novidades do mercado orgânico e sustentável na 11ª Feira Internacional
11 de junho de 2015Frio, àquele que dá na barriga
15 de junho de 2015Um dia me perguntaram o que é o amor. E a minha resposta foi o que talvez não descreva esse sentimento, mas que, de repente, nos aproxima de sua magnitude. O amor é aquilo que não conseguimos ver, porque foi feito para sentir. O amor é o que pulsa dentro de cada um de nós, porém o segredo está em descobri-lo e reconhecê-lo como a força mais poderosa do universo. O amor é a vontade de abdicar de si para ver o outro feliz sem que isso o faça perder sua identidade.
O amor é a disposição para aceitar sacrifícios; renúncias que estão vinculadas a um sentimento tão sublime. O amor também se parece com a ideia de que não se pode aceitar tudo, porque se assim for, teremos ausência do amor e o transbordo de posse e insegurança. O amor, às vezes, deixa o outro ir, porque sabe que não detêm o direito sobre a vida de outra alma. E que, no fim das piores circunstâncias – as perdas -, o que fará a diferença é aceitar. Aceitar que podemos ter alguém sem possuir esse ser. Porém, nada traz mais saudosismo!
O amor é o que nos faz atravessar uma chuva torrencial em orações, porque a alma sabe que os sonhos não podem morrer. O amor é aquela voz gritando no fundo do coração, dizendo que ás vezes é necessário desistir, não porque se é fraco, e sim porque o amor deve ser aquilo que merecemos e não sentimentos implorados. O amor é a maior força que pode haver, porque através dele qualquer dor transforma-se em aprendizado.
E talvez cheguemos aos 90 anos sem conseguir definir o que é o amor. Mas, se nessa idade tivermos alguém que cuide de nossa alma e corpo, teremos a certeza de que o amor não precisa ser definido, mas vivido e compartilhado, pois o amor é o cuidado e a dedicação diante da inutilidade de um ser. O amor talvez seja uma mistura de sensações, ou, de repente, está presente em cada pessoa, objeto ou energia.
Penso até que o amor seja a dolorosa e mágica descoberta de que as pessoas são livres para escolherem o que querem, mesmo que isso fira o amor que temos para entregar. O amor ultrapassa limites, mas se apóia na sabedoria. O amor suporta muitas coisas, menos a indiferença, porque se ela existe, logo inexiste o amor.
O amor não é o que se enxerga com os olhos carnais. O amor não é
uma vitrine chamada corpo que alguns desejam por excesso de vaidade. O amor não está nas fotos exibicionistas de muitos casais. O amor não são aquelas flores que chegam junto com uma cesta de café da manhã. O amor é mais do que palavras trocadas em uma cama.
O amor vai além do prazer da pele. Mas, de repente, eu posso estar errado, talvez até incoerente, porém ainda acho que o amor é aquele rosto que tem marcas de um aconchego, é aquele toque que deseja mais que o momento, é aquela alma que sabe se mostrar. E mesmo que pareça loucura, não dá para negar que o amor é aquilo que nasce das imperfeições, que traz consigo a força para superar perdas. Perdas que chegam até nós ou perdas que construímos.
O amor é isso mesmo, um sentimento que não está acompanhado de posse, mas de apreciação, porque o amor verdadeiro é aquele que se renova ao invés de desistir, mesmo quando a inutilidade dos anos nos ataca. O amor é o sentimento que não se desintegra com as quedas da mortalidade, é aquele poder que ultrapassa lençóis, promessas e caixões.