Práticas para uma casa sustentável – Parte 01
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banco de imagem pixabay |
Certa vez o sábio Willian Shakespeare disse: Há mais de seus pais em você, do que você suponha. Por que será que essa frase faz tanto sentido quando colocamos pais e filhos a frente do espelho? Não são as criaturas extensão do criador? Em contrapartida, o espelho contemporâneo está viciado em mostrar o que faz dilacerar bons relacionamentos familiares, ou seja, ninguém olha mais nos olhos de ninguém. Acontece isso em sua casa? Mas não é a família – ou deveria ser -, nosso maior ponto de força?
Há muitos de nós sendo negligentes com as crianças, jovens ou, até mesmo, adultos que estão sob o mesmo teto, e isso, certamente, virá à tona um dia, porque toda falta de atenção, colocada embaixo do tapete das desculpas, um dia retornará como sintoma físico ou emocional. Poucas coisas são tão dolorosas! Olhando por esse lado, será que não faz sentido tantas meninas que abandonaram as bonecas? E os meninos, que agora, brincam com armas? Não são essas crianças o futuro de um mundo que necessita de visões sustentáveis para o corpo, alma, e espírito?
Não queremos, em nenhum momento, colocar os pais no banco dos réus, mas queremos que eles não permitam que seus filhos se sentem lá, pois filhos precisam de amparo, de cuidado, de olhares atenciosos nas madrugadas, e não apenas de alguém que beije um joelho ralado e diga que vai sarar.
Há tantas coisas que também precisam ser saradas…
E a mais urgente das feridas, talvez, seja o tempo que estamos ofertando àqueles que um dia contarão sobre nós, ou pior, o tempo que não estamos vivendo juntos. A vida é corrida, queridos provedores, mas essa mesma correria, inesperadamente, termina num velório. Por isso, olhemos mais para quando os filhos estão silenciosos, porque, às vezes, eles querem gritar e não são ouvidos. Olhemos mais para as dores físicas que sentem, pois podem não ser físicas, e sim da alma. Preocupemo-nos mais com os amigos que andam com eles, porque esses mesmos colocarão farelo ou caviar para nossos herdeiros. Ouçamos, também, quais são os anseios de nossos filhos, para que não deixem o mundo ouvir, porque o mundo bate com mãos de aço, e quase nunca tem alguém para assoprar.
Nunca é tarde para buscarmos retomar laços e desatar nós, porque enquanto estamos aqui, – e é aqui mesmo -, podemos recomeçar. Nada pode ser mais doloroso do que ter que ir até a sepultura de quem amamos para ler uma carta de perdão, daquelas que dizem: me perdoa por não ter sido um pai melhor; me perdoa por não ter sido uma mãe que lhe ensinou valores porque eu tinha que trabalhar para que não lhe faltasse comida; me perdoa por não ter acreditado que você ainda precisava de mim; me perdoa por ter preferido o sofá a ter que se sujar no chão com você; me perdoa por saber que eu poderia ter feito o melhor de mim.
Para aqueles que são pais, e para os que ainda serão, cabe à mesma oratória, porque se colocamos pessoas nesse mundo, é nosso dever fazê-las evoluir, sobretudo, fazendo o bem e contribuindo para a felicidade do próximo. Os filhos são reflexos dos pais, ainda que haja exceções. No entanto, não se pode acreditar que o mundo ensina melhor, porque o mundo oferta conseqüências de um lar em desequilíbrio.
Que possamos perceber que, de alguma forma, os pais são observados por seus filhos, que reparam na roupa escolhida para determinada ocasião, na maneira como cuidam das pessoas na hora da dor e da raiva, nas palavras que dizem quando tudo está dando errado e, principalmente, como tratam a mãe. Por isso, vale refletir se estamos sendo bons e coerentes espelhos para nossos filhos.
Às vezes, por mais bobo que possa parecer um momento de um pai para com um filho, tenha certeza de que na vida daquele que está crescendo, qualquer instante junto faz a diferença. E, também, queridos pais, por favor, não se escondam atrás de suas quedas, derrotas, e dores, pois seus filhos vão perceber e, no fundo, se vocês perceberem mais, eles querem apenas, por meio de seus descontentamentos, crescerem ao lado de vocês, ou estarão eles imunes aos altos e baixos da vida?
Pais, não se envergonhem por não serem super-heróis! Sejam apenas o que Carl Jung diz: Ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.