Acorde e vista-se para brilhar
6 de maio de 2016Nos últimos meses, tenho vivido no “flow”, na conexão com o que amo fazer que é ajudar as pessoas, e encontrando no meio do caminho, não pedras, mas lindos encontros.
A alegria do encontro é possível quando estamos presentes e com corações e mentes abertas; quando respeitamos, acolhemos, sorrimos, geramos empatia, somos nós, não somos nada, ou melhor, quando “somos todos um”, como li na capelinha do sítio da Glória, em Amparo, num momento intimista, com os pés na areia, sentido a grandeza da simplicidade elegante daquele lugar.
O humano, demasiadamente humano, é bom! Ao nos despirmos dos rótulos, ao não saber ao certo quem sou, abro-me para as possibilidades das descobertas, e permito que o outro me olhe sem preconceitos, pré julgamentos, sem amarras, e vá construindo comigo essa descoberta misteriosa que é viver o encontro.
Quem sou eu?!
Nem fácil, nem simples, dar essa resposta. Por que somos muitos, somos múltiplos papéis, somos complexos, hoje sou, amanhã não serei mais. Parece que sou jornalista, professora, blogueira, filha, irmã, tia, amiga, companheira. Será que sou esses papéis ou apenas estou vivendo essas experiências na busca de me reconectar com minha verdadeira natureza?
Quem realmente sou?! Ainda não sei…que bom não saber!
Mas sei que sou filha da Terra, do Sol, da água, do ar, da mata, do vazio. Sou filha da sabedoria natural que sabe me colocar aonde preciso aprender, sentir, revelar, descobrir, não saber direito o mistério, mas buscá-lo.
Sou buscadora da verdade, buscadora do caminho, curiosa pela beleza do mistério da Vida, do Todo, do Um.
Por isso, “sento, respiro, não faço nada e deixo a grama crescer”, como nos ensinou o Swami Atmaji, em seu satsang na Virada Zen.
Viver o que tem que Ser;
Viver o que me faz crescer;
Viver o que me faz amar;
Viver para ser melhor;
Viver o que me faz feliz!
Sinto-me feliz no mato, na simplicidade elegante dos encontros, no equilíbrio natural de quem cuida e respeita a Terra.
A natureza nos ensina que o equilíbrio está em não interferir por ganância, mas respeitando os ciclos. A paz vem do contemplar as cores, formas, texturas, cheiros, sons. Natureza soberana, bela, perfeita em suas múltiplas diferenças. A beleza não vem do igual, vem das infinitas manifestações de tons, sons, sabores, do Tudo, do Nada. Do que É!
“Rezam meus olhos quando contemplam a beleza” – (Helena Kolody, poetisa paranaense)
Abraço Fraterno! Até o próximo encontro!
1 Comment
Maravilhosooo texto. ” Eu diria a beleza vem do que você isala de dentro para fora , ou não”…