A sua relação vale a pena?
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1 de julho de 2015Banco de imagem Pixabay |
Por que nos sentimos, na maioria das vezes, tão culpados? Por que nos permitimos magoar de maneira excessiva? Por que temos dificuldades em mudar nossa postura diante do que a vida apresenta? Perguntas infindáveis servem para nos trazer reflexão. Mas o quanto queremos refletir sobre o amor? Sentimento esse, que rege todas as coisas do mundo ou, pelo menos, deveria.
Não deveríamos nos martirizar por não saber tudo sobre o amor, mas nos esforçarmos por conhecer esse sentimento capaz de proporcionar experiências que, certamente, podem fazer com que amadureçamos, ao invés de nos apegarmos a idéia de que não sabemos o que é o amor e de que, consequentemente, não precisamos saber, levando-nos, assim, a nos culpar por tantos desencontros na área afetiva.
O amor não é algo que, subitamente, chega e nos desperta de um sono profundo chamado solidão e auto-piedade, e sim um sentimento que só existe se for aceito, lapidado, entendido, compreendido, respeitado e, principalmente, alimentado, pois o amor não é um fenômeno encantado, ou seja, é preciso, a cada dia, cuidar dos corações que nos carregam. Ou as plantas sobrevivem sem água e sol?
É imprescindível que se aprenda a dar amor, mas é preciso tê-lo para ofertar, pois quanto maior for o entendimento – desse sentimento complexo -, maior será a capacidade e habilidade para amar. Mas quantos de nós temos a disposição para isso? Todos possuem a capacidade para amar, no entanto, a falta de disponibilidade para aprender faz com que tenhamos o sentimento de conformismo como sentido para a vida.
Mas será que o desejo de ser perfeito ou de encontrar alguém perfeito não é justamente o que tem feito com que fracassemos nos relacionamentos? Queremos, quase sempre, negar nossos tombos e, assim, justificá-los, isto é, não queremos admitir diante da vida e, sobretudo, daqueles que nos cercam, nossas escolhas imaturas, cruas e, essencialmente, precipitadas; escolhas equivocadas que nos levam a tantas quedas bruscas.
O que é preciso lembrar, antes que seja muito tarde, é que podemos nos permitir caminhar pelas beiradas do amor, claro, sabendo que podemos nos ferir, mas, de alguma forma, podemos, também, evoluir. Ter medo de sofrer talvez seja uma forma de negar o amor! Você já pensou assim?
É inerente, melhor, quase impossível, que não sejamos feridos nessa vida. Mas não estamos, nós, em algum momento, ferindo? Excelentes oportunidades de crescimento pessoal passam despercebido pelos nossos olhos magoados, justamente por estarmos, exaustivamente, preocupados com quem já nos “usou”. Mas o pior é saber que nada fazemos a respeito, nem mesmo mudar o foco do pensamento, e nada pode ser tão angustiante!
Ás vezes, ou quase sempre, magoamos os outros, e quando não é mais triste, magoamos a nós mesmos. Por que preferimos experimentar sentimentos de raiva, ódio, rejeição, medo, e piedade a ter que olhar para nossa alma e, urgentemente, buscarmos a origem de nossas dores emocionais? Sem dúvidas, ou de maneira geral, a nossa negligência, o medo de mudar, o conforto do conformismo, a indisposição de fazer durar, são fatores que podem, quase sempre, nos tornar criaturas baratas diante de nosso próprio potencial de amar, simplesmente por estarmos, exaustivamente, criando expectativas.
Por isso, por favor, não podemos esperar seduzir e transformar os outros para, então, sermos felizes, pois pensar assim, de certa forma, é a melhor maneira de ser infeliz.
Mágoas podem travar potenciais e impedir relacionamentos de durar. Mas não são os sentimentos – amor – como o ato de mergulhar num oceano? Veja bem: se mergulhamos, podemos apreciar a beleza, mas podemos nos machucar lá no fundo. Em contrapartida, se evitamos o mergulho, evitamos, também, nos machucar, mas perdemos, de alguma maneira, a beleza do fundo do mar. Sendo assim, estamos diante de uma pergunta intimista.
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Exemplo de pessoa.
Exemplo de pessoa.