Será que precisamos de tantos cosméticos?
21 de fevereiro de 2016Um bate-papo com a Monja Coen
24 de fevereiro de 2016Todos os anos 8 milhões de toneladas de plástico são jogadas no mar em todo o mundo ( Plastic Ocean, 2016) e os cientistas alertam que em 2050 haverá mais plástico que peixes nos oceanos*. O plástico nos oceanos confunde os animais marinhos que os engolem e morrem, além de gerar inúmeros desequilíbrios ambientais (digitem no youtube “plástico e oceanos” e vejam o tamanho do problema).
É uma situação preocupante. Mas o que tudo isso tem a ver com a minha alimentação?
Tudo! Tudo o que você compra, alimentício ou não, vem com embalagens que não são recicláveis ou recicladas, esgotando os recursos naturais do planeta, além de poluí-lo.
Cada vez mais embalagens são utilizadas para agregar valor ao alimento, deixando-o mais atrativo para o consumidor, mas também mais caro e menos ecológico.
No meu dia-a-dia procuro comprar alimentos que possuam a menor quantidade de embalagens possível, e, de preferência, não possuam plástico ou isopor na embalagem. Prefiro as embalagens de papel ou papelão, sempre.
Outro modo de contribuir para o planeta através da alimentação é comprar alimentos regionais e de época ( que estão na safra). Alimentos que estão na safra são mais baratos, de melhor valor nutricional, e geralmente tem grandes perdas em supermercados e locais de distribuição, pela diminuição no valor de venda devido à grande produção.
Os alimentos regionais são produzidos no local onde são consumidos ou em suas proximidades. Foram transportados a pequenas distâncias, gerando menos CO2 para a atmosfera. Os alimentos regionais ainda fomentam a economia local e as vezes podem vir de pequenos produtores.
E que tal ficar um dia da semana sem comer carne? A indústria da carne é grande poluidora e responsável por grande parte dos desmatamentos da Amazônia. Uma refeição rica em vegetais e grãos como grão de bico, soja, ervilha, quinoa é uma refeição rica em fibras, vitaminas, minerais e compostos antioxidantes e fitoquímicos, que podem trazer grande benefício para sua saúde.
E não podemos esquecer que quase um terço dos alimentos produzidos no mundo são desperdiçados, seja na produção, transporte, venda ou consumidor final. Isto gera um custo enorme para o planeta e para a economia mundial.
Pois é, quem diria que dava para ajudar o planeta comendo? Pois dá sim, e muito! E o futuro está na mãos de cada um de nós.
*(dados divulgados no Fórum Econômico Mundial de Davos)