Livrai-nos das mágoas, amém
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17 de julho de 2015
Viajar pode ser sinônimo de encontro, de descanso, de aventura, de descobertas, de conexão consigo, com o outro, com novas amigas, com uma cultura e, também, com a natureza.
Existem pessoas que adoram viajar sozinhas, outras em grupo, há a viagem romântica de um casal ou de família e tem a primeira viagem com as amigas, que transcenderam o convívio apenas do trabalho e se tornaram amigas para vida. Não importa a forma, mas sim a disposição interna de se jogar no novo, de descobrir prazeres e alegrias, seja no campo ou na cidade, na praia ou na montanha. O importante é viver algo diferente e se descobrir.
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Nessas férias, fui conhecer a Chapada dos Veadeiros, em Goiás, com mais três amigas: Ana Lúcia, Carol e Carla. E foi uma união feliz entre amizade, natureza, aventura, descanso, relaxamento, integração de corpo e mente. Pela primeira vez na vida, deixei a viagem fluir, não planejei nada, apenas me entreguei ao que a vida tinha a me oferecer.
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Aprender a confiar, a entregar é um desafio e tanto, mas descobri que tem suas recompensas. Aprender o não controle, a flexibilidade, a gratidão pelo que vier é altamente libertador. Você já se permitiu viver essa liberdade? É tão compensador!
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Entre inúmeras caminhadas leves ou pesadas, de sobes e desces, escaladas íngremes e desafios à nossa coragem, sempre encontrávamos a recompensa no final do caminho. E assim conhecemos lugares incríveis escondidos no meio da Chapada. Cachoeiras de águas cristalinas, cataratas de tirar o fôlego, arco-íris em despenhadeiros, lindas flores do cerrado, pôr do sol de luz dourada, avermelhada, azulada…tudo simplesmente exuberante.
Cataratas dos Couros. Arquivo pessoal Caroline P. Sotilo – |
Ao apreciar a sabedoria da criação, sempre me encanto com a grandeza da vida. Quanta gratidão eu sinto a cada vivência, a cada encontro entre mim e o Todo. Conhecer a Chapada dos Veadeiros é vivenciar a força da natureza em sua mais alta expressão de beleza, formas e cores. Observar a diversidade é aprender que tudo tem um tempo, um jeito, uma forma de acontecer e até de se adaptar.
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A Chapada nos mostra que para ver além, é preciso se esforçar, vencer obstáculos e medos, ter coragem e coração aberto. E na vida também não é assim? As maiores conquistas são aquelas mais desafiadoras, em que damos o nosso melhor, que vencemos nossos bloqueios e condicionamentos. Aquelas em que acreditamos em nós!
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E o que vem depois? A sensação de de vitória, de contentamento. A cada cachoeira desbravada e a cada mergulho nas águas geladas e límpidas, sentia uma sensação de paz, de gratidão, de alegria.
Como é bom usar o tempo a nosso favor e sem pressa contemplar esses presentes que a natureza nos dá. Eu e as meninas ficávamos um bom tempo apreciando e contemplando cada novo lugar e depois partilhávamos nossas impressões e emoções. Temos ciência de que em São Paulo a realidade será bem diferente e que na correria do dia-a-dia sentiremos falta de tudo isso aqui, mas também, levaremos em nossa memória e coração toda essa riqueza de detalhes do cerrado, da Chapada dos Veadeiros, dos municípios de São Jorge e Alto Paraíso e do nosso querido guia Rivelino, mais conhecido como River.
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Além de tudo isso o que mais eu aprendi?
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Que uma viagem que flui é aquela em que se soma alegrias e se multiplica gargalhadas; e que para desbravar a natureza, assim como na vida, precisamos dar o primeiro passo, e, quando vemos chegamos no lugar almejado, ou seja, a conquista de um sonho depende do quanto estamos dispostos a nos doar mais e mais; aprendi na prática que viver o presente com contentamento é uma boa medida para viver melhor e ser mais feliz.
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Abraço Fraterno!
Chirles
2 Comments
Que linda experiência ! Parabéns pela entrega e pelo fluir ! Que esta viagem seja lembrada sempre ! Um abraço
Oi Paula Lima realmente essa viagem ficará na lembrança, na memória afetiva! Foi demais! Bjos