Tinta de terra: você conhece essa técnica sustentável para sua casa?
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13 de maio de 2015Banco de imagem do Pixabay |
Há quem diga que os relacionamentos são como produtos numa vitrine. Será? Se forem ou não, é inevitável dizer que, hoje, as pessoas estão desistindo de si, assim como desistem do outro com muita facilidade, o que nos iguala ao Shopping Center, uma vez que o mesmo traz, em seu poderio, o despertar dos impulsos para, após a compra, mostrar-nos o verdadeiro sentimento de nossas ações, isto é, ainda somos prematuros e deixamos o imediatismo ser o alimento do dia a dia.
Falando nisso, será que pensamos sobre a instantaneidade infiltrada em nossos corações impulsivos? Isso quer dizer – sem dramatizar, mas com coerência -, que os envolvimentos contemporâneos são, de fato, como celulares que, uma vez considerados retrógrados, logo são trocados, sem remorsos pelo comprador.
Muitas vezes, ou na maioria delas, somos esses compradores, e quando não é pior, deixamos que nos comprem, nos seduzam, nos dominem.
Essas comparações – entre relacionamentos e mercadorias -, não são meras utopias e ambiguidades, mas realidades que podem ser encontradas em esquinas, bares e shoppings, porque estamos, de alguma forma, pouco preocupados com o que vai durar. Talvez por que o desejo de consertar exija mais maturidade enquanto o impulso satisfaz em minutos? Somos macarrão instantâneo ou autores da própria história?
Essa é a era dos impulsos, justamente por que nunca estivemos tão preocupados em sermos aceitos pelo grupo dos que trocam de celulares a cada ano, assim como das pessoas que substituem parceiros a cada novo corpo, e mais trágico ainda são aquelas que ”mudam” de personalidade a cada vitrine que se mostra mais convidativa.
É imprescindível que reflitamos sobre o desgaste que é levar uma vida regada aos impulsos do capitalismo, pois corremos o risco de termos sede de consumir ou de sermos consumidos – se é que já não estamos bebendo dessas fontes -, ao invés de compreender que, se a vontade de carregar sacolas abarrotadas é mais importante do que desintoxicarmos nossos conceitos, sem dúvida, estamos à deriva, colocando nosso coração na prateleira, o que nos fará ficar a mercê de qualquer mão impulsiva.
Como queremos viver nossos relacionamentos afetivos? No amor líquido ou numa relação inteira, sustentada no amor próprio e no respeito ao outro? Fica a reflexão caros leitores e até a próxima sexta-feira!