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Todas as quintas feiras, quando coloco meu lixo reciclável para ser recolhido na rua, me assombro com dois fatos: primeiro pela quantidade de lixo que acumulamos numa única semana e, segundo, pelos poucos vizinhos que separam e reciclam seus lixos.
Moro em casa, e por isso é mais fácil visualizar na rua quem recicla e se preocupa com o destino correto dos resíduos, de quem não faz essa lição de casa. Observei que de 10 casas próximas a minha, apenas três fazem a separação do que é lixo, e do que pode ser reciclado. E no restante da rua não é diferente…
Em compensação o lixo ali na esquina se acumula. Primeiro foi uma carcaça de TV, depois um colchão, por último um sofá! Fico imaginando o que pensa uma pessoa que tem esse tipo de atitude. Será que ela pensa nas consequências dos seus atos? Ah, acho que ela não conseguiu pensar sobre esse assunto.
Vamos refletir então: quais as consequências daquele lixo no meio da rua? Esse tipo de resíduo favorece o acúmulo de água, que, consequentemente, alimenta os mosquitos e que podem causar doenças como a Dengue, dentre outras. E se jogados nos córregos ou rios potencializarão as enchentes no período das chuvas.
Muitas vezes, quem acaba solucionando esse problema são os incomodados, os que pensam: como isso veio parar aqui?! E liga para o serviço de cata-bagulho da prefeitura (sim, existe um serviço especializado que resolve o seu problema sem que você precise despejá-lo na rua na calada da noite)
Opções não faltam para reciclar: supermercados, parques, lojas de materiais de construção tem locais para descarte de materiais recicláveis. Além disso a cidade de São Paulo tem Ecopontos espalhados em locais estratégicos onde é possível descartar entulho, madeiras, móveis, etc… Assim, seu sofá não precisa ir parar na esquina.
Se já é difícil ver pessoas que separam suas garrafas pets para a reciclagem, fico imaginando o que elas fazem com as lâmpadas fluorescentes quando queimam. Você sabia que essas lâmpadas econômicas e super legais para redução do uso da energia, são perigosas para sua saúde e para a natureza?
Pois é, elas contém mercúrio e chumbo, metais altamente tóxicos que contaminam o solo e podem causar doenças. Infelizmente, apesar da Lei dos Resíduos Sólidos está aprovada desde 2010, obrigando o recolhimento desse tipo de material, o único lugar que conheço na cidade de São Paulo que recolhe este tipo de lâmpadas são as lojas Leroy Merlin. Se você conhece outros pontos de coleta, por favor compartilhe conosco essa informação.
Estação de Coleta Seletiva Leroy Merlin |
No caso das pilhas descartáveis a solução está mais fácil. Há vários pontos como bancos, farmácias, lojas, até condomínios que fazem a coleta desse material. Então nada de jogar pilhas no lixo! A coleta e o devido fim irá evitar a poluição do solo e das águas. Não queremos conviver na hora das chuvas com toda essa contaminação, não é mesmo? Então, precisamos fazer a coisa certa.
E remédios, sua farmacinha venceu? Algumas redes de farmácia como a DrogaRaia recebem estes produtos que também possuem componentes prejudiciais ao meio ambiente e direcionam para o descarte correto.
Posto de coleta de medicamentos vencidos Droga Raia |
O lixo orgânico já ganhou um post especial sobre compostagem, onde você pode aprender a fazer um super adubo para suas plantas em casa, para rever é só clicar aqui!
Talvez um dia seja possível não ter tantas caixas embrulhando nossos alimentos, tantos plásticos protegendo o que consumimos, o leite poderia ir e voltar num vidro retornável e não em um tetrapak…
Enfim, as empresas precisam urgentemente pensar em soluções para usar menos embalagens e nós, consumidores, sermos mais comprometidos com a coleta seletiva e a destinação do livo. Sem esquecer do trabalho dos governos em disponibilizar amplamente essa coleta seletiva, abolindo os lixões e investindo em usinas de lixos que transforma os resíduos em energia.
Loja em Berlim não usa embalagens |
Existe um movimento crescente em prol do resíduo zero, em que pessoas conseguiram em um ano gerar apenas um pote de lixo no vidro. Conheça a história da brasileira Cristal que se propôs a cumprir o desafio de lixo zero. Ela tem apenas 24 anos e conta seus dilemas e conquistas no Blog Um ano sem lixo
Acompanhando essa tendência de menos embalagens e lixo, já há lojas sendo abertas pelo mundo inteiro com uma disposição diferente na oferta dos produtos. Assim, com mais consciência ambiental é possível preservar o nosso planeta.
Sim, existe esperança de que no futuro não viveremos sobre uma ilha de lixo. E você, o que faz com o seu lixo?
Zero Waste Home: lixo de 01 ano de uma família está neste pote |