Por gentileza
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26 de junho de 2015
“Relacionamento significa algo completo, acabado, fechado. O amor nunca é um relacionamento: amor é relacionar-se – é sempre um rio fluindo, interminável.” Osho
Ao mesmo tempo em que a existência do outro incomoda ela também é importante, pois suscita descobertas. Já pensou como se relacionar é complexo?
Há situações em uma relação que incomodam, chateiam, irritam e que por alguma razão desmotivam. Você já viveu alguma situação que provocou algumas destas sensações?
É possível pensar que se afastar desta situação é resolver a questão, contudo, distanciar-se do problema não necessariamente significa resolvê-lo.
Resolver a questão é compreender o que no outro desperta em você tal incômodo, o que na relação com este indivíduo é revelado sobre você mesma? Queria ser reconhecida e não foi, queria ser amada e não foi, queria ser considerada e não foi, queria ser escolhida e não foi, queria ser compreendida e não foi, etc.
É na relação com o outro que surge a possibilidade de entrar em contato com as próprias fragilidades, fraquezas, limitações, podendo sentir a falta e a ausência do que não se tem, do que se quer, do que se deseja. Dependendo da maneira como se lida com as fragilidades é comum perceber dois tipos de comportamentos mediante situações que trazem estes conflitos:
a) fazer de conta que estes incômodos não existem, ignorando qualquer compreensão a respeito da situação
b) explodir como vulcão, reagindo aos impulsos das emoções
Muitas vezes, alternarmos nossas respostas em relação a esses dois tipos de comportamentos, mas chega um momento que é muito desgastante viver as relações através destas polaridades, ora no oito, ora no oitenta.
Existe uma relação em que é possível se sentir nutrida, preenchida, satisfeita, grata, realizada, feliz? Sim, existe! Ela existe dentro da complexidade que é se relacionar. Ela existe no dia-a-dia e não somente em datas comemorativas e eventos especiais em que todos arrumados e bonitos registram-na através de fotos e vídeos.
Ela pode acontecer quando se descobre mais sobre si mesma, quando se pode revelar ao outro o que na relação é possível, o que não é possível, o que se pode fazer, o que não se pode fazer, o que gosta, o que não gosta, o que se dispõe, o que não se dispõe, o que faz sozinha, o que precisa de ajuda, o que sabe, o que não sabe, aprendendo assim discutir sobre quem é, sobre o que pode, o que espera, o que deseja.
Nessa relação construída sobre esse alicerce é possível viver um encontro onde existe crescimento, onde há gratidão, onde há aprendizados, trocas e compartilhamento. Neste encontro acontece uma relação de verdade, que não significa uma relação perfeita ou somente de flores, mas uma história que é construída a partir das descobertas de si e do outro, das transformações, das reinvenções e do amor que se nutre e não somente do que supre e do que suporta.
Uma relação de verdade e que se sustenta é aquela que vale a pena para ambos.
Um abraço a todos !
Paula Lima atua como Personal & Professional Coach com certificação internacional pela Behavioral Coaching Institute e Nacional pela Potenciar, federada pela FEBRAP, nos segmentos individual e corporativo.
Practitioner na arte da programação de neurolinguística pela Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística.
Terapeuta Corporal com formação Neo-Reichiana.
Linkedin: paulalimacoach