Sim, o amor também passa
8 de abril de 2016Às vezes eu não sei onde estou indo…
14 de abril de 2016Recentemente fui presenteada por uma amiga com uma preciosidade. Um relatório sobre a Felicidade Mundial, edição de 2016. Não estava em uma boa semana de trabalho, aturdida com a quantidade de trabalho que tinha e aí este “presente caiu em boa hora em minhas mãos”! Um Relatório Analítico e Quantitativo sobre os indicadores de Felicidade, no mínimo curioso, pensei na hora. Esse é um tipo de presente que a gente compartilha sem mesmo nem saber o porquê, apenas diz: “Amiga esse relatório tem a sua cara”.
E só tenho a agradecer o “compartilhamento de conhecimento, disponibilidade, carinho e muito mais”, pois essa leitura me encheu de felicidade por saber que há gente no mundo pesquisando sobre a felicidade, em tempos tão carrancudos.
Este relatório é uma raridade, pura belezura. Após lê-lo, vou tentar resumir alguns dos muitos pontos importantes. O primeiro relatório sobre a Felicidade foi publicado em Abril de 2012, em apoio à reunião do conselho da ONU sobre a felicidade e bem-estar, presidido pelo primeiro-ministro do Butão. E a partir deste momento a felicidade tem sido considerada como uma variável, ou seja uma medida adequada para representar o progresso social e o objetivo da política pública.
O relatório nos fornece uma contabilidade completa da distribuição de felicidade da população separados por região e país. E a felicidade é tida como uma medida melhor, mais adequada para indicar bem- estar do que os conceitos contábeis de praxe, como por exemplo: renda, classe social, qualidade de vida entre outros em relação ao contexto social.
Os estudiosos ainda descobriram que a desigualdade no quesito “bem estar” oferece uma medida adequada em à relação à desigualdade do que as medidas geralmente aceitas e utilizadas que são a distribuição de renda e a riqueza do indivíduo.
O relatório vai longe e relata que há algumas evidências preliminares de que o desenvolvimento sustentável é uma variável propícia para indicar felicidade e ainda que a felicidade é maior nos países em que estão mais preparados e desenvolvidos em relação ao Desenvolvimento Sustentável, conforme os objetivos aprovados pelas Nações Unidas em setembro de 2015.
E por último os pesquisadores concluem: O argumento tradicional de que a liberdade econômica deve ser defendida acima de todos os outros valores, parece falhar no teste da felicidade: não há evidências de que a liberdade econômica por si só seja uma das principais variáveis que contribuem diretamente no bem-estar humano, obviamente em relação a sua contribuição para a renda per capita e o emprego.
E por fim os pesquisadores afirmam que há um vasto caminho a aprender sobre as fontes profundas do bem-estar humano, principalmente no que se refere às características específicas do trabalho e sua relação favorável ou desfavorável para a felicidade. O relatório termina mencionando o Papa Francisco que compartilha e enfatiza que a satisfação com o trabalho é uma fonte fundamental do bem-estar humano.
Para ler na íntegra o RELATÓRIO DA FELICIDADE MUNDIAL DE 2016: http://worldhappiness.report/
Fonte: Helliwell, J., Layard, R., & Sachs, J. (2016). World Happiness Report 2016, Update (Vol. I). New York: Sustainable Development Solutions Network.