Pão de Queijo Multigrãos: simplicidade, sabor e saúde numa única receita
3 de junho de 2015Felicidade como artifício ou essência interior? Qual é o seu foco?
10 de junho de 2015Banco de imagens by Pixabay |
Oi, pessoa bonita, queria dizer em secreto que lhe admiro. Queria afirmar que você me encanta, decretar que me inspira, você melhora meu dia. Não sei se sabe.
Não sei se sabe, mas seu jeito fácil me gruda feito imã. Essa parte me combina, principalmente nos mil mosaicos do seu sorriso. Sabes o que há em rir e sorrir, propriamente convida ao colocar em cada caso um ou outro jeito. Tiro de comparação a sua covinha da bochecha, porque já é demais; não enumerarei os pingos vermelhos de seu lado corado: já é fascínio.
Auto me considero um sujeito comum, entretanto me desliga essa coisa de feio e bonito, sabe? É, esse “feio” e “bonito”, o bullying mais antigo da história. Acho que pode ser efeito do tempo, não sei, hoje a educação me seduz mais que nunca. Essas pessoas que dizem “Obrigado”, “Por favor”, “Bom dia, boa tarde ou boa noite”. Essas pessoas que dão lugar, que abdicam de sua vez, que esperam a hora de falar. Ah, e aquelas que guardam o lixo até achar lixeira? Só por curiosidade, eu já reparei nessas, viu.
São pessoas de tom certo, entre o grito e o sussurro, naquela voz que lhe cerca a atenção. De abraços respeitosos, olhos sinceros, uma gentileza fora de hora. Sei que elas ajudam velhinhos pela cidade, devolvem troco a mais, inclusive se desculpam – com uma naturalidade de quem se conhece muito bem. Gente que dão e doam atenção, desde um fulano desconhecido que não sabe o endereço, a colegas de trabalho que não sabem determinado afazer (como um cálculo de mais e menos).
Andei vendo essa gente bonita, elas não temem não saber. Nem são sabe-tudo. Incrível o modo como pedem ajuda, com doçura que consente, com fragilidade que ensina que ora e outra somos professores e alunos. Elas não são do tipo que gosta de se aparecer a qualquer custo. São discretas, comunicam no olhar, ajeitada no cabelo, um pedido mudo, numa dica que soluciona seus problemas insolúveis. São assim, meio como estar e não estar, ser destaque sem folia, um exemplo que você relembra duradouramente.
Nada de confundir o chique com o simples. Nada de confundir com o comprado e o dinheiro. Até porque a elegância está na simplicidade que meio mundo esqueceu. E isso, gente bonita nos suscita leve e amena. Olho com olho, saudação com saudação, gratidão com favor, abraço com afeição, incentivo com desespero, silêncio com quem quer brigar. Tão fácil guardar quem sabe chegar, quem expõe e não impõe, quem sabe dizer, quem sabe a temperatura das relações.
Bom-senso a quem não tem! Que até o fim dessa carreira possamos nos comportar segundo a empatia e a simpatia, sabendo a tenuidade que lhes singulariza. Que possamos ser mais polidos, do volume do rádio a tomar – inutilmente – o tempo de alguém.
Toda vez que me deparo com gente assim
– fina e bonita -,
conhecida ou desconhecida…
Realmente concordo: “Desculpe-me as feias, mas beleza é fundamental”.
Oi, pessoa bonita.