Não olhe para trás, por favor
23 de junho de 2017Quando nos roubaram o direito de sermos sensíveis?
13 de julho de 2017Antes de escrever essa crônica, pensei na profundidade contida na frase do escritor Antoine de Saint-Exupéry, que disse: “É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas”.
Pensando no que foi dito acima, pergunte-se: quantas larvas tenho suportado? Será que não percebemos que a vida é um enorme espetáculo? O que está acontecendo de tão doloroso que não vai passar? Quantas vezes você pensou que não suportaria isso ou aquilo e, de repente, se viu cheia de força e com a esperança renovada?
É necessário entendermos que para tudo há um propósito e um tempo, mas que a nossa pressa – numa sociedade tão veloz e consumidora -, tem destruído a beleza de muitas coisas. Você não tem essa sensação ao observar as pessoas ou sua própria rotina?
Já pensou que a cada dia temos a oportunidade de fazer algo diferente, porém não precisamos esquecer, muito menos deixar de valorizar, os pequenos tropeços que nos trouxeram até aqui? Porque um dia fomos lagartas em muitas ocasiões, mas conseguimos voar depois, não é mesmo? Por que então se sente tão desanimado, sem beleza ou inútil?
Olhar para trás é uma forma de ver quantas coisas valeram a pena quando você achou que não tinha mais importância. E se tivesse parado? Acredite: não há pessoas vencendo ou perdendo, e sim pessoas lutando e pessoas desistindo de seus sonhos, simplesmente porque ainda não são borboletas, mas serão se perseverarem!
Perceba que nada, até esse exato segundo, foi simples, mas não é especial chegar até aqui? Um dia alguém te ensinou a andar para que fosse borboleta. Um dia te explicaram como fazer a lição de matemática para que conseguisse voar. Um dia te seguraram nos braços, ou olharam em seus olhos, e lhe encorajaram, fazendo suas asas se erguerem, porque você é uma borboleta em potencial, mas ninguém, além de você mesmo, tem que acreditar mais nisso.
Vamos voar?