Entendendo como tudo começou…
16 de fevereiro de 2015Circuito de caminhada do condomínio onde moro |
Cuidando da mente e do corpo nesse lugar tranquilo no meio de São Paulo |
E a manhã começou com uma vontade, uma vontade de fazer algo bom, diferente e saudável. Fiz um suco verde que ficou lindo e gostoso e sai para caminhar. Bem, antes publiquei no Facebook aquela foto de um suco verde vibrante, cheio de energia, cheio de nutrientes importantes para meu corpo, para minha disposição matinal. Sai para caminhar, pois meu propósito é cuidar de mim de forma global, holística: mente, corpo e espírito. Então, tentei reunir tudo isso na minha caminhada.
O lugar é lindo, cheio de árvores, flores, sons, cores, vida. E ali, caminhando para ajudar o meu corpo a responder positivamente às solicitações do dia a dia, agradeci e observei os detalhes do lugar. Sim, foi uma caminhada diferente, apesar de no mesmo lugar de sempre. Foi intensa no sentir. Não foi uma troca de passos acelerados, sem atenção no que estava ao meu redor. Observei naquele mini circuito, no meio de um pequeno bosque, a diversidade das árvores, das folhas, das flores, das pedras do caminho, dos sons. Foi uma caminhada meditativa, ou melhor, uma meditação em movimento.
A natureza deve ser observada e apreciada com muita atenção. Ao observá-la, nos percebemos imersos na sabedoria da criação, tão cheia de detalhes e sincronia. Nada é igual e há muita riqueza por toda parte. E tudo tem o seu tempo. Tudo está em equilíbrio e envolto numa paz, numa energia maior, na energia da vida. Quem depende da terra sabe disso muito bem. Muitas vezes, ouço nas reportagens da TV que a natureza está furiosa, nervosa, só falta ouvir que ela está louca. Mas é sempre mais fácil lançar a culpa para o imponderável. Uma das causas dos problemas ambientais está diretamente relacionada à maneira como o homem interfere abusivamente, gananciosamente, inescrupulosamente neste fluxo natural do tempo das coisas.
Então pensei: qual é minha missão de vida? Será que é apenas lecionar em instituições de ensino superior? Na verdade, tenho refletido sobre esse enigma há alguns dias, venho buscando essa resposta por sentir que sempre podemos fazer mais, que não devemos nos acomodar com a rotina corriqueira que levamos com tantos afazeres. Numa vida que passa tão veloz, tão digital, tão cheia de estímulos e impactos externos, voltar-se para dentro parece ser até uma aberração.
Mas uma hora, por algum motivo, nos deparamos com esse momento de encontro. Quando mergulhamos em nosso interior e nos perguntamos: – O que realmente queremos? Como usar o nosso talento da melhor forma? Como viver sem amarras, sem gatilhos emocionais limitantes, vencendo nossos medos?
Sim, a vida é um vai e vem de acontecimentos, de desafios, de momentos, de conquistas, de perdas, de alegrias, de insatisfação, de dores. Às vezes estamos por cima, conquistando tudo o que queremos. Mas a vida não é um conto de fadas. Viver é um risco e isso nos assusta. Gostamos da comodidade, da zona de conforto, das certezas. Mas nem sempre a vida se apresenta assim. De vez em quando, ela nos põe à prova com situações nada agradáveis e levamos um grande susto. São situações que desafiam a nossa forma de enxergar o mundo. E, na maioria das vezes, isso ocorre quando perdemos um ente querido, um emprego, não passamos no vestibular ou num concurso, não conquistamos aquela pessoa em quem insistimos que é a certa, perdemos a pessoa amada numa separação ou ficamos doentes, muito doentes.
Nessas horas, claro que sofremos, ficamos sem chão, queremos fugir, enterrar a cabeça num buraco como avestruz e pedimos para o tempo passar. Na verdade, queremos dormir dias para esquecer daquele pesadelo. Mas quando despertamos, o problema continua ali, nada mudou, e ele precisa ser enfrentado. E temos duas opções: aceitar e correr atrás de todas as possibilidades de solução, ou seja, transformar o limão numa gelada limonada, ou chorar, se entregar e transformar a vida em um mar de lamentações. Isso é uma questão de atitude, de escolha, de postura mental e emocional, e por que não dizer, de fé! Se optarmos por ver apenas o que falta, permaneceremos na escuridão, na reclamação e na intolerância. E esse não é o caminho para uma vida feliz. Penso que, ao caminhar e deixar a vida fluir, somos capazes de escutar, no silêncio, nosso propósito.
Quando acreditamos na força da vida, temos disposição para transformar os obstáculos em algo enriquecedor. É possível perguntar: O que aprenderei com isso? O que preciso transformar no meu interior e nos meus hábitos externos? O fator limitante não é a doença ou a perda de algo muito valioso. O limitante está na forma de encarar o problema. A limitação está em nossa mente, em nossos gatilhos emocionais, em nossos medos. Viver é agir. Enquanto há vida, há luta, há esperança, há motivações para transformar a nossa pedra bruta em brilhante.
Abraço fraterno!
1 Comment
Oi querida que bom que gostou! Vamos conversando por aqui! Espero que haja muitas inspirações no seu caminho!! Se quiser colaborar com textos nesta linha editorial, é só falar! rs